Formas de transmissão do SARS-CoV-2 e outros
Gotículas – Partículas com dimensão superior a 5 – 10 micrómetros de diâmetro, projetadas pelos infetados ao respirar, falar ou tossir e que entram em contato com os olhos, boca ou nariz das pessoas ao redor. Estas gotículas precipitam-se no solo rapidamente.
Aerossóis – Partículas com diâmetro menor que 5 micrómetros, projetados pelos infetados e que podem ser inaladas pelas pessoas próximas. Estas partículas podem permanecer no ar por longos periodos de tempo (cerca de 3 horas em suspensão). Estas partículas deslocam-se com a movimentação do ar e podem atingir vários metros. Esta é uma forma de transmissão mais inesperada pois as pessoas podem ser contaminadas mesmo na ausência de outras pessoas (exemplo de um elevador), mesmo mantendo a distância de segurança de 2 metros ou usando máscara.
A exemplo em uma sala de reuniões, se existir uma pessoa infetada, mesmo utilizando máscara, esta vai originar uma carga viral crescente. Se a reunião durar horas, esta carga viral pode ser suficiente para infetar os outros participantes mesmo que todos usem máscara. Numa viagem de automóvel, esta possibilidade será muito maior pois o volume de ar num carro é baixo.
Superfícies – contaminadas com partículas virais. Neste caso, as pessoas ao tocarem nessas superfícies e levarem a mão aos olhos, à boca ou nariz , possuem o risco de se infetarem. O contacto mais normal será via mãos, mas pode ser via boca ou nariz como por exemplo numa prova de roupa ao vestir uma camisola. Neste caso, a pessoa infetada que provou a roupa antes, pode ter depositado partículas virais na roupa (por exemplo, gola da camisola) pelo simples facto de respirar ou mesmo via secreções (saliva).
Consultar OMS (Organização Mundial da Saúde)
Outros vírus respiratórios
As vias de transmissão dos vírus respiratórios incluem contato direto, fômites contaminados e gotículas de secreção transportadas pelo ar. Os vírus mais frequentemente envolvidos nas infeções respiratórias são o rinovírus, o vírus sincicial respiratório (VSR), o coronavírus, o adenovírus, parainfluenza e influenza. O rinovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR) disseminam-se, em parte, pelo contato direto das mãos com a pele contaminada e com as superfícies ambientais, seguido da auto-inoculação do vírus pelo nariz ou olhos. Outros, como o vírus da influenza, vírus do sarampo e vírus da varicela zóster, podem disseminar-se por distâncias maiores através de pequenas partículas de aerossóis (diâmetro médio < 5 µm), mas mesmo assim o contato direto, os fômites e as grandes partículas continuam sendo importantes na transmissão. A maioria dos vírus respiratórios pode se disseminar por meio de aerossóis de grandes partículas (> 5 µm) através de curtas distâncias (< 1 m). A transmissão dos vírus respiratórios pode ser ampliada pelo tempo de exposição, o contato próximo, agrupamento de pessoas, tamanho familiar e falta de imunidade pré-existente. A infectividade geralmente precede o surgimento dos sintomas.
Bactérias
As bactérias são organismos formados por uma única célula (unicelulares), que se caracteriza pela ausência de um núcleo definido (procariontes). A organização celular desses seres é bastante simples, não sendo observadas organelas membranosas. As bactérias podem ser encontradas de forma isolada ou em colônias e em vários ambientes, como água, solo e nos seres vivos.
Geralmente, as bactérias causam doenças por meio da produção de toxinas, as quais podem ser endotoxinas ou exotoxinas.
As endotoxinas estão localizadas na membrana externa de algumas bactérias. Essas bactérias liberam as endotoxinas apenas quando morrem e suas paredes celulares são desfeitas. Como exemplo de bactérias que possuem esse tipo de toxina, podemos citar a Salmonella typhi, responsável por causar a febre tifoide. As exotoxinas são produzidas e secretadas pelas bactérias. Um exemplo de bactéria que produz esse tipo de toxina é a Vibrio cholerae, responsável por causar a cólera.
As doenças causadas por bactérias apresentam diferentes formas de contágio, sintomas, tratamentos e prevenção. As características das paredes celulares das bactérias são de grande importância no diagnóstico e, consequentemente, na determinação da melhor forma de tratamento. De acordo com essas caraterísticas, as bactérias podem ser classificadas em:
Bactérias gram-positivas: As paredes dessas bactérias são mais simples, constituídas por peptideoglicanos, um polímero de açúcar e polipeptídeos.
Bactérias gram-negativas: Essas bactérias possuem paredes mais complexas do que as gram-positivas, apresentando peptideoglicanos em menor quantidade e uma maior quantidade de lipídios e aminoácidos. Outra diferença entre esses dois grupos é a presença de uma membrana apresentando em sua constituição lipopolissacarídeos (essa parte lipídica apresenta toxicidade). Essas bactérias são mais resistentes a antibióticos que as gram-positivas.
A transmissão de bactérias patogênicas ocorre por meio da ingestão, inalação de gotículas de saliva contaminadas, através de fissuras ou ferimentos na pele, e até mesmo por contato sexual com pessoa infetada. Os sintomas dependem do agente causador e também da forma de contaminação.
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